O deslizamento de uma encosta na cidade de Ouro Preto – MG, destruiu um casarão do século XIX da Prefeitura, nas imediações da Praça da Estação e do Centro de Convenções da Universidade Federal da cidade, na manhã desta quinta-feira (13). Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a casa histórica conhecida Solar Baeta Neves foi destruída e outro imóvel foi atingido. Porém ninguém se feriu.
Ainda de acordo com a corporação, uma instabilidade do talude foi verificada, mas caso aconteça outro desmoronamento, há uma possibilidade de um hotel e um restaurante também serem atingidos. Toda a área foi isolada e a orientação é que a população evite o local.
A Prefeitura de Ouro Preto informou que a Secretaria Municipal já funcionou no local, mas estava desocupada há anos pelos riscos de desabamento. Os bombeiros foram acionados na manhã desta quinta-feira (13), por volta das 8:30h, para vistoriar o local. Durante a ação, a área foi evacuada por causa dos problemas estruturais encontrados. Por volta das 9:30h, a encosta desabou.

Foto: Reprodução / Motorista Dadinho Nó Cego cumprimentando o cobrador Galo Doido
Rio de Contas, localizada na Chapada Diamantina – Bahia, foi a primeira cidade planejada na formação do Brasil. A região rio-contense é dividida entre três distritos, Arapiranga, Marcolino Moura e Mato Grosso, dentre eles existem diversos fatos históricos importantes, além de instituições e movimentos culturais que lutam para preservar e reinventar uma comunidade patrimonial.
Segundo relatos de moradores mais antigos de Rio de Contas, a primeira baldeação do município ocorreu em 1959, quando chegaram dois modernos transportes de lotação à cidade.
Conforme informações passadas ao Livramento Manchete, o primeiro ônibus partiu da região do Distrito de Arapiranga (antigo Furna) e chegou à sede de Rio de Contas depois de dois dias de deslocamento, onde foi realizado a troca de transporte. O motorista se chamava Dadinho Nó Cego e o cobrador Galo Doido.
O segundo ônibus partiu para São Paulo após a chegada do primeiro que realizou a linha Rio de Contas – Furna. O veículo Furna – São Paulo viajou cerca de 30 dias para chegar na capital Paulista. O transporte foi devagar por estar carregado de mantimentos, animais e alimentos, como: fumo de corda, candombá, pedra de amolar, bodes, rapaduras e requeijão.
Rio de Contas preserva o traçado antigo, apresentando praças e ruas amplas, igrejas barrocas, monumentos públicos e religiosos em pedra e o casario em adobe. Rica em ouro de aluvião, a vila viveu, na segunda metade do século XVIII, uma época de grande prosperidade econômica.