Um homem identificado como Gonçalo Meira Neves Neto, foi denunciado à Justiça na última quinta-feira (20), pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, injúria racial e por conduzir veículo automotivo sob o efeito de álcool.
Segundo a denúncia, de autoria da promotora de Justiça Daniela de Almeida, os crimes foram cometidos no dia 1° de setembro, em Itaquaraí, no distrito de Brumado. De acordo com a promotora, Gonçalo Meira estava dirigindo alcoolizado, e de forma intencionalmente acelerou o automóvel em direção a um quiosque, o qual acabou atingindo várias pessoas que estavam nas imediações.
Uma das vítimas, identificada como Edvam Bernardes, dono do estabelecimento veio a óbito no local e outras cinco pessoas ficaram feridas, sendo socorridas e encaminhadas ao hospital.
As investigações apontam que os crimes foram cometidos após o autor se desentender com o dono do bar, que havia negado a lhe vender cerveja. “Gonçalo Meira Neto já chegou ao local visivelmente embriagado”, narra a denúncia, apontando que o denunciado saiu do bar após a discussão, entrou no carro e acelerou o veículo em direção ao ‘Quiosque do Marreco’. Conforme a promotora, o homem atingiu as pessoas que ali se encontravam, “com patente vontade de matá -las, como consequência necessária para atingir o seu intento, a morte de Edvam (dono do bar), sem que elas pudessem se defender da investida criminosa”. Ele atropelou diversas pessoas e causou o óbito de Edvam Bernardes, registra ainda Daniela de Almeida. Entre as pessoas gravemente feridas estava uma criança de 11 anos de idade.
Ainda segundo a denúncia, Gonçalo Meira Neves Neto, ao ser conduzido pela Polícia até a viatura, proferiu injúria racial contra um soldado da Polícia Militar, “ofendendo-lhe a dignidade ou decoro em razão da cor do policial, que se trata de pessoa negra, dizendo-lhe: ‘abre logo isso aqui, urubu’ além de chutar a parte interna da viatura”. No documento encaminhado à Justiça, o MP também solicita que, ao recebê-la, a Justiça mantenha a prisão preventiva do denunciado.