Foto: Ailton Oliveira / Livramento Manchete
O grande crescimento do número de casos de Covid-19, impulsionados pela variante Ômicron, começa a se refletir no aumento da quantidade de casos ativos e de mortes em Livramento de Nossa Senhora.
No território livramentense, foram registrados 80 óbitos pelo vírus, o resultado da última morte foi divulgado na última terça-feira (01), pela Secretaria de Saúde do município. Se trata de um jovem, de 31 anos, morador da comunidade de Maracujá, ele era deficiente e tinha comorbidades, também já estava acamado há alguns dias.
O paciente estava entubado na UPA 24h, e aguardava transferência para uma UTI, mas devido as lotações de leitos nas unidades, não foi possível ser transferido porque não resistiu as complicações da doença. A vítima já havia recebido dozes da vacina contra a Covid-19. Além do jovem mais duas pessoas perderam a vida por complicações do coronavírus, em apenas onze dias.
Em Livramento, segundo o boletim epidemiológico, o total de casos ativos passa para 143, sendo que estas pessoas seguem em tratamento. 09 pessoas estão sendo monitoradas e 43 fizeram o teste de exames laboratoriais, todas estão aguardando os resultados.

Com o rápido aumento de casos da Covid-19, não só em Salvador, como também em todo o estado, o governador Rui Costa (PT) comentou que, se depender dele, não haverá nem o ‘Carnaval Indoor’ em fevereiro. Nesta segunda-feira (10), durante o lançamento do Hospital Ortopédico no bairro do Cabula, na capital baiana, o gestor estadual reforçou que não haverá os festejos de rua no próximo mês e, visto a análise do avanço da pandemia e os casos de H3N2, não ocorrerá as festas privadas.

“Não terá Carnaval. Se continuar como está, nem festa privada não terá. E se continuar nesse ritmo de crescimento, não haverá festa nenhuma”, disparou durante a coletiva de imprensa. O governador ainda comentou de novo sobre a quantidade de pessoas em festas e eventos na Bahia. Atualmente, o limite é de até cinco mil pessoas, podendo fixar neste número ou diminuir.

“Então, se hoje está em cinco mil, nós vamos reduzir. E se continuar crescendo, nós vamos reduzir ainda mais. Então, a realização de festas é vinculada com a possibilidade de garantia da saúde pública”, comentou.

Bruno Reis rema do lado contrário de Rui Costa
Enquanto o governador Rui Costa não autorizou o Carnaval na Bahia, o prefeito de Salvador Bruno Reis (DEM) reforça que a população mais pobre da capital precisa, sim, se divertir. O comentário do gestor municipal se deu por causa das festas privadas que vão acontecer e, como já noticiado pelo BNews, com ingressos caríssimos.

“Isso [decreto estadual] permitiu que, durante o período do Carnaval, alguns camarotes anunciassem que vão realizar suas atividades e alguns eventos sejam realizados em espaços fechados da cidade, que é o chamado Carnaval indoor. Daqui pra lá, temos que ver o avanço da pandemia”, explicou.

O prefeito ainda disse que a prefeitura vai ajudar nas festas públicas, fora do circuito dos eventos Indoor que serão realizados em Salvador. “Pode ser que esses eventos não tenham condições de ser realizados e pode ser também que esse público seja ampliado. O fato é que, seja qual for o cenário, a prefeitura vai estar dando apoio na parte de fora, organizando o comércio informal e tentando atuar para evitar aglomerações”.

Foto: Sergio Moreira / Livramento Manchete

Por: Luis Terêncio Tanajura
A Secretaria Municipal de Saúde de Caetité, informou no boletim epidemiológico divulgado na última quinta-feira (25), mais uma morte relacionada à covid-19. A cidade estava quase dois meses sem registro de óbito em decorrência do Coronavírus. Conforme informações obtidas pelo Livramento Manchete, a vítima é uma mulher de 78 anos, que já tomou as doses da vacina contra a doença. A idosa não possuía diagnósticos de outras doenças.
Em boletim atualizado ás 18:00, desta sexta-feira (26), Caetité contabiliza 48 mortes em decorrência da Covid-19. O município segue com 4.344 casos confirmados e 4.286 pessoas estão curadas da doença. Além disso, foram notificados 10 novos casos ativos do vírus na Capital Eólica. Para tentar manter os números em queda, o município está atuando em várias frentes de vacinação, assim como outras cidades seguem vacinando os munícipes.

Foto: Ailton Oliveira / Livramento Manchete

O Ministério Público estadual recomendou ao Município de Brumado que revogue o Decreto Municipal nº 5.584/2021, que desobrigou o uso de máscara facial em locais abertos ou fechados. Segundo a promotora de Justiça Paola Maria Gallina, o decreto está em desacordo com a Lei Estadual nº 14.261/2020, que prevê a obrigatoriedade do uso de máscaras a todas as pessoas em circulação externa nos municípios baianos em que estão em vigor os decretos legislativos de reconhecimento de estado de calamidade pública aprovados pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia e que tenham confirmado caso de Covid-19.

O decreto deve ser suspenso enquanto estiver em desacordo com a norma ou até que sejam apresentados os critérios técnicos-científicos e o plano elaborado para evitar o aumento do risco de contágio em decorrência da medida adotada, orienta a promotora de Justiça. Ela destaca que, ainda que os municípios disponham de competência para disciplinar as próprias normas relativas ao enfrentamento da atual pandemia, “a eles não é dado o poder irrefreável e absoluto de decidir em dissonância com as normas estaduais e federais que versam sobre o mesmo tema, já que a sua competência deve suplementar as medidas de interesse supramunicipal”. Caso haja norma estadual restritiva sobre determinada matéria, o Município não pode editar ato mais permissivo que viole o regramento do Estado, reforçou Paola Gallino.

Algumas normas e o cenário atual foram observados para elaboração da recomendação, que considerou o 594º Boletim de Monitoramento da Covid-19 publicado na última quarta-feira (10), pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, que constatou que, nas últimas 24 horas, foram registrados 516 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,04%) no estado e que o número de mortos é de 27.150 pessoas. Além disso, foi considerado o parecer técnico do Comitê Estadual de Emergência em Saúde da Bahia, do último dia 03, que reafirma a necessidade de serem mantidas as medidas sanitárias para o enfrentamento da Covid-19, inclusive o uso de máscara em locais abertos e fechados; nota emitida pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, no último dia 08, em que se chama a atenção dos gestores para a necessidade de manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras neste momento da pandemia; dentre outros. O decreto do Município de Brumado só prevê uso de máscaras em instituições de ensino, para as pessoas com sintomas gripais ou que estejam infectadas pelo coronavírus.

Alguns estados brasileiros já estão adotando o chamado “passaporte da vacina”, comprovante que permite o acesso em locais públicos, como bares, restaurantes e casas de shows se o indivíduo estiver imunizado contra a Covid-19.

O advogado Renato Spolidoro, afirma ser absolutamente constitucional o passaporte da vacina, lembrando que o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu sobre a questão em duas oportunidades, em processos que transitaram em julgado. “Foram duas ações diretas de inconstitucionalidade apreciadas na Suprema Corte”, acentua.

Spolidoro salienta serem comuns os conflitos de opiniões inerentes a direitos constitucionais, explicando. “Os que são contra o passaporte da vacina acreditam que a medida fere a liberdade prevista na Carta. Entretanto, o argumento esbarra em uma questão filosófica, que vem sendo abordada há muito tempo, que é o fato de que a liberdade de um acaba quando começa a do outro. Ou seja, quem não se vacinar pode causar danos a terceiros, transmitindo-lhes a Covid-19”.

O advogado argumenta que, caso se permita que a liberdade seja exercida sem limites impostos pelos direitos de todos os cidadãos e da sociedade, haveria o caos. “Aliás, acho que é exatamente isso que certas pessoas querem”, enfatiza, reiterando: “No Estado Democrático de Direito, em um regime político liberal, a liberdade precisa ter limites”.
Spolidoro exemplifica: “Eu poderia entrar em um banco com uma granada no bolso e achar que isso é liberdade. Eu poderia escravizar um trabalhador e achar que isso é liberdade. Mas, nesses casos, eu estaria extrapolando meu exercício da liberdade. Eu não posso ter a liberdade de, escolhendo não me vacinar, porque eu posso fazer isso, querer dividir um ambiente com pessoas que decidiram vacinar-se, estando a humanidade no meio de uma pandemia provocada por uma doença transmitida pelas vias respiratórias”.

O advogado lembra que diversos outros países já adotaram medidas parecidas como o passaporte da vacina, que têm apresentado bons resultados. “Aqui, muito além desse conflito de direitos constitucionais e da limitação da liberdade no atingimento a da do outro, acredito que uma questão a ser pontuada juridicamente é que o bem coletivo e o interesse público sempre se sobrepõem ao particular. E é de interesse público que a pandemia acabe e não se dissemine mais”, pondera, concluindo: “Ademais, o direito à liberdade não pode sobrepor-se ao direito à vida. Então, ninguém tem a liberdade de expor um terceiro a risco de morte. Seria um exacerbamento do direito à liberdade”.

Jair Bolsonaro diz que foi impedido de assistir ao vivo o jogo entre Santos X Grémio, na Vila Belmiro. O presidente brasileiro afirma que foi barrado no acesso ao estádio paulista por não apresentar o certificado de vacinação contra a covid-19.
“Por que o passaporte da vacina? Eu queria ver o jogo do Santos agora e falaram que tinha que estar vacinado. Pra que isso? Eu tenho mais anticorpos do que quem tomou vacina”, disse Bolsonaro. O presidente esqueceu das regras mais elementares impostas pelo país no acesso a eventos desportivos.
Na Bahia, o governador Rui Costa (PT) decidiu liberar o retorno, mas com restrições, das torcidas que vão aos estádios de futebol. “Após reunião com a Secretaria da Saúde nesta sexta, decidimos autorizar o retorno da torcida aos estádios baianos, respeitando o limite máximo de 30% da capacidade. Será obrigatório o uso de máscara pelos torcedores, que deverão comprovar a imunização completa contra a Covid-19”, declarou o governador da Bahia, em seus canais de redes sociais.

Foto: Ailton Oliveira / Livramento Manchete
Os dados da pandemia do coronavírus em Livramento de Nossa Senhora, divulgado nesta quarta-feira (15), pela Secretaria de Saúde do município trazem ânimo e esperança a população. Conforme o boletim epidemiológico divulgado hoje, Livramento zera os casos de pessoas que estavam em tratamento contra a Covid-19.
Até o momento foram contabilizadas 77 mortes na cidade e 3.313 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. No boletim ainda há 6 pessoas em monitoramento e cinco estão aguardando resultado laboratorial.
Em cidades vizinhas como Dom Basílio e Rio de Contas, os casos da Covid-19 também estão zerados.
Imunização em Livramento de Nossa Senhora:
1ª Dose: 31.636
2ª Dose: 17.048
Dose Única: 618
É importante ressaltar que todas as pessoas que receberam a vacina, continuem aptos com as medidas cabíveis de proteção contra a doença, tendo em vista que a vacinas não trazem a comprovação de 100% de eficácia contra o vírus.

Nova cepa avança no mundo e ultrapassa 1.500 casos no país

O Brasil já possui mais de 1.500 casos oficialmente notificados da variante Delta, em vários estados e no Distrito Federal. Os primeiros casos de morte em virtude dessa variante também começam a ser registrados. Ainda estamos no meio de uma tragédia, cujos efeitos ainda serão sentidos por um longo tempo entre a população. A Covid-19 é uma doença muito mais séria do que imaginávamos”, afirma Roberto Kalil Filho, professor titular de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP, presidente do Conselho Diretor do InCor e diretor do hospital Sírio Libanês.

Os estudos e relatos médicos indicam que a mais nova variante da Covid-19 é altamente transmissível e se replica mais precocemente no organismo. Em alguns países, a variante Delta já responde pela maioria dos casos de Covid-19. A chegada da chamada “cepa indiana” do novo coronavírus ao país serve como alerta para a manutenção do isolamento, para a continuidade no uso da máscara e, principalmente, para a importância de se acelerar a vacinação no país, opina o médico. Não é hora de relaxar com as medidas de proteção”, alertar Kalil.

O médico aponta ainda para o aumento do impacto dos custos da saúde pública que um eventual recrudescimento da pandemia poderá acarretar. “Do ponto de vista médico, a doença continua a inspirar cuidados, mesmo entre aqueles que já contraíram o vírus e passaram por um quadro de internação. “A vacinação em massa e a colaboração da população em manter o distanciamento social e usar máscaras de proteção são as únicas armas nesse momento para contermos o avanço da Covid-19, inclusive na sua variante Delta”, resume o doutor Kalil.

Pela primeira vez desde o início da pandemia, a Bahia não possui pessoas na fila da regulação para ocupar leitos de UTI adulto exclusivos de tratamento para a Covid-19. As informações foram obtidas pelo Bahia Notícias após análise de dados fornecidos pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). O fato inédito foi registrado nesta terça-feira (10).
O fim da fila de espera para as unidades de terapia intensiva para adultos reflete um arrefecimento da pandemia na Bahia. Também nesta terça, o estado atingiu o menor número de casos ativos do novo coronavírus desde o início da primeira onda, em maio de 2020.
De acordo com o último boletim emitido pela Sesab, atualmente a Bahia possui 2.912 casos ativos da doença. Na última vez em que o número ficou abaixo de 3 mil, em 4 de maio do ano passado, havia 2.776. Para efeitos de comparação, o recorde de pessoas esperando na fila da regulação aconteceu em 12 de março deste ano. Na ocasião, 513 pessoas aguardavam transferência para UTIs adulto. No momento, o estado tem 43% de ocupação destas unidades de terapia intensiva que atendem pacientes infectados pela Covid-19. O ocupação total de leitos – enfermaria e UTI – é de 33%.

Mais de 2,7 mil Municípios participaram da 19º edição da pesquisa sobre a Covid-19 aplicada entre os dias 26 e 29 de julho. Destaca-se o não retorno de quem tomou a primeira dose da vacina, em 1.805 localidades. Também chama a atenção o comprometimento do poder local para concluir o esquema vacinal do público. Novamente, a pesquisa aponta que mais 87,7% – dos gestores que responderam a essa pergunta – são favoráveis à vacinação obrigatória do público-alvo.
Entre as cidades com pendências para a aplicação da segunda dose da vacina, 1.334 ou 73,9% indicam que se trata de menos de 10% do total de vacinados; 237 apontam o problema com até 19% do público. O mapeamento semanal da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostrou que 1.759 gestores locais – o que indica 97,4% de quem respondeu a essa questão – têm buscado por essas pessoas para concluírem a vacinação.
Em 1.532 Municípios, cerca de 10% da população convocada para imunização não compareceu para tomar a primeira dose ou dose única da vacina contra Covid-19. Outros 695 gestores municipais afirmaram não ter identificado ausências. Quando o assunto é a faixa etária, 99,5% já iniciaram a imunização de pessoas abaixo de 60 anos; e só quatro ainda não começou a imunização desse público.
Quase 32% ou 858 atende o público de 30 a 34 anos; 748 está na faixa de 35 a 39 anos; 469 entre 25 e 29 anos; 295 vacina de 40 a 44 anos; e 217 já tem imunizado menores de 24 anos. Contudo, conforme mostra a pesquisa, 706 localidades ficaram sem os imunizantes nos últimos dias, a maior parte para aplicação da primeira dose – 1.805 Municípios ou 97,9%.
UTI e kit intubação
Mantida a tendência de redução de mortes e internações, 991 cidades têm ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19 ou não abaixo de 60%, representando 36,6% das respostas. Já a taxa de 60% e 80% foi informada por 841 gestores. Apenas 68 Municípios têm mais de 95% de lotação. Além disso, apenas 184 cidades sinalizaram risco de falta do “kit intubação”; e 2,249 afirmam estar abastecidos com a medicação.
Teve aumento de infecções pelo novo coronavírus em 450 cidades. Dos 2.705 mapeados nesta questão, 1.112 tiveram redução de casos confirmados e 849 se manteve estável, ou seja, 41,1% e 31,4% respectivamente. Não houve registo de novos casos em 229 cidades. Não houve mortes confirmadas em 55,8% dos 2.705 Municípios respondentes, isso significa 1.510 locais sem óbitos por Covid-19. Em 19,8%, o quadro se mantém estável; 15% teve redução e 7,3% registrou aumento.
Ainda assim, conforme demonstra a pesquisa da CNM, 1.805 localidades, ou 66,7%, mantêm alguma restrição de circulação ou de atividades econômicas. Tal questão foi respondida por 2.705 Municípios, e deles 848 ou 31,3% afirmaram normalidade. Sobre as aulas presenciais, o levantamento focou no investimento com recursos próprios dos Municípios para retomada das atividades escolares presenciais, e 66% ou 1.641 tiveram custos para ações de biossegurança; e 34% ou 846 cidades não sinalizaram aumento neste aspecto.
Mobilidade e Transporte
Com a queda da demanda do transporte público, em virtude da pandemia, 1.559 prefeituras não registraram aumento de despesas nesta questão; 131 apontam ter assumido 100% dos custos deste serviço, em nível local. A pesquisa mapeou ainda os incentivos em relação ao transporte alternativo, como campanhas para maior uso de bicicletas. Dentre as iniciativas, 426 promoveram campanhas de estímulo para o uso.
Nesta edição, a pesquisa levantou o cenário de Municípios que utilizam recursos próprios para retomada das aulas presenciais. A principal fonte de recursos para viabilizar a volta às aulas vem do setor. Dos respondentes, 2.074 ou 76,7% usa o orçamento da educação municipal; e 1.288 ou 47,6% utilizam a verba da educação estadual. Do total, 1.117 gestores usam a verba da saúde e os recursos estaduais para saúde têm sido usados por 705 Municípios para reabrir as escolas.