Foto: Reprodução / Rede Social

A jovem Daiane Silva Caires, de 35 anos, natural da cidade de Barra da Estiva, faleceu na última sexta-feira (09), no Hospital de Campanha Fonte Nova, em Salvador. Daiane estava grávida e veio a óbito na unidade de saúde após complicações da Covid-19. Segundo informações passadas ao Livramento Manchete, os médicos conseguiram salvar o bebê em um parto de emergência. A unidade de saúde não informou de quantos meses a jovem estava grávida. O bebê, do sexo feminino, está hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva – UTI, porém não há informações sobre o estado de saúde da recém-nascida. O corpo da jovem Daiane Silva Caires, foi sepultado no cemitério municipal de Barra da Estiva, realizado no último sábado (10).

A pandemia da Covid-19 vem causando um profundo impacto nas estatísticas vitais da população baiana. Além das mais de 24.312 mil vítimas fatais atingidas pela doença, o novo coronavírus vem alterando a demografia de uma forma nunca vista desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil na Bahia, em 2003: nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil. Em números absolutos os Cartórios baianos registraram 52.834 óbitos até o final do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 39,3% maior que a média histórica de óbitos no estado, e 22% maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses na Bahia. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 18,4%.
Com relação aos nascimentos, a Bahia registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho foram registrados 89.960 nascimentos, número 18,4% menor que a média de nascidos no estado desde 2003, e 2% menor que no ano passado. Com relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 13,4% na Bahia.
O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no Estado, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 72.276 mil nascimentos a mais, caiu para apenas 37.126 mil em 2021, uma redução de 48,6% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 23,4%, e em relação a 2019 foi de 37,4%.

A Secretaria Municipal de Saúde de Livramento de Nossa Senhora divulgou nesta sexta-feira (09), que 17 novos casos testaram positivo para a Covid-19 e 67 óbitos já foram registrados na cidade. Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que a Capital da Manga soma agora 2.895 casos confirmados e 2.721 estão curadas da doença. Ainda de acordo com o boletim epidemiológico, 107 pessoas estão em tratamento do vírus e 66 estão sendo monitoradas pela Vigilância Sanitária. Segundo o boletim, cerca de 43 pacientes, tiveram material coletados para analises laboratorial, todos estão aguardando o resultado.

Em Brumado, um bebê nasceu com anticorpos para a Covid-19. Conforme informações obtidas pelo Livramento Manchete, a mãe da criança Michele Silva Correia, testou positivo para a Covid-19 durante a gestação. O parto foi realizado na última sexta-feira (25), no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, na Capital do Minério.
Os pacientes estão bem de saúde. Não houve intercorrências durante o parto, disse o secretário de saúde do município. Não há informações se a mãe do bebê nascido na cidade já havia sido imunizada contra a Covid-19.

A Bahia registrou 1.281 novos casos e 78 óbitos por covid-19, doença causada pelo coronavírus, nesta segunda-feira (28), de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Desde o início da pandemia, a Bahia contabilizou 1.120.408 casos e 23.817 mortes.
De acordo com a Sesab, 13.104 casos da doença são tidos como ativos. A secretaria indica ainda que 1.083.487 pessoas se recuperaram da doença no estado. Os dados desta segunda representam uma taxa de crescimento de 0,1% no número de casos registrados no estado. O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.362.262 casos descartados e 230.322 em investigação. Até as 12h de hoje, 26 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros quatro pedidos para internação em leito.

A Bahia registra uma taxa de ocupação de 81% nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos com covid-19, doença causada pelo coronavírus. A informação foi divulgada no boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) desta sexta-feira (18). A taxa de ocupação nos leitos clínicos adulto e pediátrico é de 65%. O índice geral de ocupação, ou seja, leitos clínicos e de UTI, é de 73%, informa a Sesab. Nesta sexta-feira (18), a Bahia registrou 4.998 novos casos e 102 óbitos por covid-19.

Na semana em que o Brasil se aproxima das 500 mil mortes por Covid-19, epidemiologistas e cientistas de dados alertam para um novo agravamento da pandemia na maioria dos Estados e regiões do país. Essa “terceira onda”, expressão popularmente aceita para descrever o agravamento dos números após uma relativa melhora, está relacionada a diversos fatores — entre eles, o relaxamento das medidas restritivas, que permitiu o retorno de atividades sociais e comerciais e o consequente aumento da circulação de pessoas pelas ruas. Mas há algumas características próprias do atual agravamento, como seu local de “início” e o as faixas etárias dos atingidos. A preocupação é que essa retomada acontece num período em que os sistemas de saúde ainda estão bastante fragilizados e sem condições de dar vazão à chegada de milhares de novos pacientes. “Estamos com uma transmissão comunitária do coronavírus extremamente alta e em patamares fora do controle. Para completar, temos cada vez menos intervenções para controlar isso”, interpreta o médico Marcio Sommer Bittencourt, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP. “Diante disso, não tem como a nossa perspectiva ser positiva”, diz. De acordo com as projeções do Instituto de Métricas em Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, o Brasil pode contabilizar um total de 727 mil mortes por covid-19 até outubro de 2021. Caso ocorra algum evento que piore ainda mais a situação da pandemia por aqui, esse número salta para 847 mil nas estimativas mais pessimistas feitas pelos especialistas americanos. Mas, para entender o provável futuro da pandemia no país, é preciso antes saber como chegamos até aqui.

Em muitas localidades brasileiras, a calamidade causada pela pandemia da Covid-19 somou-se aos efeitos adversos dos fenômenos naturais – inundações, alagamentos, deslizamentos, secas, incêndios florestais, entre outros. Com crescimento de mais de 68,5%, em relação ao ano anterior, as anormalidades causaram prejuízos econômicos de R$ 62,5 bilhões entre janeiro e dezembro de 2020.
O impacto financeiro foi mostrado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), por meio do estudo Danos prejuízos causados por outros desastres durante a pandemia em 2020, da área de Defesa Civil. O mapeamento da entidade mostra ainda os malefícios humanos, materiais e ambientais dos desastres naturais, potencializados pela ação humana.
Foram 13.065 decretos de Situação de Emergência (SE) e, desses, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional (Sedec/MDR) reconheceu 9.348, 3.432 estão sob análise e apenas 285 decretos não foram reconhecidos. Os números mostram que 71,15% dos pedidos de anormalidade já foram reconhecidos pelo poder público federal.
Os desastres decorrentes de tempestades, ciclones, alagamentos, inundações, deslizamentos, entre outros, causaram a morte de 235 pessoas. O excesso de chuvas também deixou mais de 96.535 mil pessoas desabrigadas e 306.035 desalojadas. Sendo assim, somando todos os desastres que ocorreram em 2020, mais de 41 milhões de pessoas foram afetadas.
Ao ter a anormalidade atestada, o gestor público conta com situação jurídica especial para execução das ações de socorro e assistência humanitária à população atingida, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de áreas atingidas. Ano passado, o governo federal liberou R$ 234.192.000,96 a Municípios e Estados para ações de prevenção, resposta e recuperação de áreas afetadas por desastres, mas o valor corresponde a apenas 0,37% dos R$ 62,5 bilhões em prejuízos. Do dinheiro liderado pelo governo, R$ 169,1 milhões foram transferidos para os Municípios afetados por desastres – 72% do total – e R$ 64,5 milhões para os Estados.

A vacinação de gestantes e puérperas com comorbidades, acima dos 18 anos, foi reiniciada em diversas partes do país. As gestantes com comorbidades poderão ser vacinadas em qualquer idade gestacional. Já as puérperas serão vacinadas com o prazo de até 45 dias após o parto. Para que sejam vacinadas, as grávidas e puérperas irão precisar comprovar o estado gestacional, apresentando a carteira de acompanhamento, o pré-natal ou laudo médico, além do atestado de nascimento da criança, no caso das puérperas. Também vai ser preciso comprovar a condição de risco por meio de exames, receitas, relatórios médicos ou prescrição médica.

Grávida de sete meses e com sintomas graves da covid-19, a técnica de enfermagem Taíse Santos da Conceição, 35 anos, morreu nesse sábado (29) mais de um dia após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento – UPA da San Martin, em Salvador. Sentindo falta de ar e com pressão alta, ela não conseguiu ser transferida a tempo para uma unidade de terapia intensiva especializada no acompanhamento de gestantes com covid-19 e acabou vindo a óbito. Sua filha, no entanto, conseguiu sobreviver após uma cesariana feita às pressas.

Antes de morrer, Taíse pediu que sua filha recebesse o nome de Maria Isabel. A menininha, terceiro filho da técnica de enfermagem, está internada na Maternidade de Referência José Maria de Magalhães, no Pau Miúdo, e está fora de perigo. Segundo informações da TV Bahia e Globo News, a gestante deu entrada na UPA por volta de 8h30 de sexta e, mesmo com o agravamento do quadro de saúde, não conseguiu a transferência até as 10h de sábado, quando seu estado piorou muito.

Taíse acabou tendo uma parada cardíaca e foi atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), acionada após o agravamento do caso. À TV Bahia/GloboNews, um médico que atendeu a ocorrência explicou que, antes da equipe de apoio chegar à UPA, a mulher estava com insuficiência respiratória e era necessário fazer a intubação. Ele ainda iniciou a reanimação cardíaca na paciente, mas a situação se agravou ainda mais. O parto, com apoio de socorristas, foi feito dentro da UPA e durou cerca de 30 segundos. Segundo o médico que realizou o procedimento, era uma morte evitável, e a técnica de enfermagem poderia sair dessa e se recuperar caso o atendimento fosse feito no tempo adequado.

Taíse morreu no local e, já na manhã deste domingo (30), foi sepultada no Cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas, sob forte comoção de parentes e amigos. Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirmou que a paciente já deu entrada na UPA com quadro gravíssimo e, por conta disso, foi feito de imediato pedido à Central de Regulação de transferência para maternidade de referência para gestantes com covid-19. O controle da regulação é realizado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), que até o fechamento dessa reportagem ainda não havia respondido aos pedidos de informação sobre o caso.