A mais nova pesquisa Datafolha, divulgada no início da noite da última quarta-feira (19), mostra redução da diferença das intenções de voto entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), em um ponto. A oscilação está dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Lula manteve os 49% da pesquisa da semana passada, enquanto Bolsonaro oscilou um ponto para cima, saindo de 44% para 45%. O percentual de indecisos manteve-se em 1% e o de brancos e nulos saiu de 5% para 4% da última sexta-feira (14) para hoje (19). Quando computados apenas os votos válidos, Lula tem 52% e Bolsonaro atinge 48%, maior percentual já obtido por ele em cenários de segundo turno. A mesma pesquisa apurou que 50% rejeitam Bolsonaro. Lula é rejeitado por 46%, conforme o instituto.
A pesquisa foi feita no período de segunda-feira (17) até esta quarta-feira (19) com 2.912 eleitores em 181 municípios brasileiros, segundo o Datafolha. Contratado pela Rede Globo e a Folha, o levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo BR-07340/2022.

Porta-vozes de caminhoneiros afirmaram que a promessa de greve para dia 1 de novembro está de pé. Segundo alguns motoristas influentes da categoria, mesmo tendo votado no presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a greve se tornou necessária, pois não dá mais para trabalhar. Além do preço do diesel, outra reivindicação realizada é a “defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete” e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS.

No último dia 16 de outubro, o grupo de caminhoneiros prometeu a realização de uma nova paralisação a partir do dia 1º de novembro, caso as reivindicações realizadas não sejam atendidas pelo governo. Na reunião realizada no Rio de Janeiro, as associações dos motoristas decidiram que a greve será de 15 dias, caso ocorra.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) afirmou que não tem informações a respeito da paralisação. A greve não é apoiada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam).

Nesta semana houve rumores de que uma reunião entre a categoria e o governo aconteceria. Mas, segundo Aldacir Cadore, integrante e administrador da página Comando Nacional do Transporte, que tem um bom relacionamento com o ministro Tarcísio, tal encontro nunca esteve agendado de fato. “Na minha opinião é o mais grave dos erros do governo. Tenho um bom contato com o ministro Tarcísio e ele sempre acha que tem a categoria sob controle, mas não é bem assim, a prova disso foi dia 7 de setembro, que fizeram piquetes, ele pediu pra abrir e ninguém o escutou”, comentou. Fonte: Correio Braziliense

*Por: Dr. Florentino Cardoso
A história triste e real da cor amarela como símbolo da prevenção ao suicídio é devido ao jovem Mike Emme, (1977-1994), morador do Colorado, EUA. Ele comprou um mustang antigo, recuperou e pintou de amarelo. Mike, muito alegre, adorava seu carro e era amado pela família e amigos. Em setembro de 1994, às 23h52, seus pais (Dale e Darlene) chegaram e encontraram Mike Emme (17 anos) morto por um tiro, dentro do seu mustang amarelo. Ao lado do corpo um bilhete: “Mãe, pai, não se culpem. Eu amo vocês. Com amor, Mike. 11:45 pm”. Sete minutos foi o tempo decorrido entre escrever o bilhete e ser encontrado morto pelos pais. Isso levou uma campanha, pelos pais e amigos de Mike, que fez pessoas com tendências suicidas, procurarem ajuda imediatamente, ao descobrirem os primeiros sinais e sintomas da doença.
Desde 2014, vinte anos após a morte de Mike, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organizam o Setembro Amarelo no Brasil.
Este ano, em especial, o Setembro Amarelo ganhou mais atenção, pois a pandemia Covid-19 está afetando a saúde mental das pessoas. Estudos mostram aumento de depressão, angústia, ansiedade, notadamente entre profissionais de saúde. Acrescem questões com perda de familiares e amigos. Profissionais de saúde são treinados para cuidar e conviver com dor e sofrimento, porém a maneira como tem ocorrido as mortes, em número excessivo e muito rapidamente, abalou ainda mais médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Desde o início percebeu-se aumento de burnout, depressão e ansiedade entre os trabalhadores da saúde no mundo inteiro. A pandemia covid-19 ocasiona efeitos negativos na disposição física e mental de profissionais que atuam no atendimento de pacientes infectados pelo vírus Sars-CoV-2.
Médicos suicidam-se mais que a população geral, o que é ainda mais preocupante. Estudo apresentado na reunião da American Psychiatric Association (APA), de 2018, mostrou um suicídio consumado ao dia (para cada suicídio, 25 pessoas fazem tentativa e muito mais pessoas pensam em cometer) entre médicos dos Estados Unidos da América, que é a mais alta taxa de suicídio dentre todas as profissões (a maioria devido à depressão). Essa revisão sistemática sobre suicídio entre médicos mostrou taxa de suicídio em médicos de 28 a 40 por 100.000, mais que o dobro da encontrada na população geral (12,3 por 100.000). Muitos dos médicos não procuram ajuda ou fazem tratamento não adequado. Já temos vários casos na pandemia atual e aguardamos estudos conclusivos para vermos qual impacto corrido em termos de suicídio entre profissionais de saúde no Brasil e no mundo.
Pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) mostrou que 36% dos 916 profissionais de saúde que atuaram na linha de frente e foram acompanhados, possuíam pelo menos um distúrbio mental: ansiedade (43%), depressão (40%), insônia (61%) e estresse pós-traumático (36%). A maioria deles não percebia ou não dava importância aos sinais e sintomas de doença mental, pois o medo acompanha-os sempre, sendo o medo maior infectar-se ou contaminar familiares.
Nós da Hospital Care, holding de saúde, com 11 hospitais (SP, SC, PR), e várias outras unidades dedicadas à assistência, ensino e pesquisa em saúde, desde cedo alertamos nossos gestores e colaboradores para que estejamos atentos e busquemos apoio sempre que julgarmos necessário, sendo diligentes. O impacto foi amenizado na nossa empresa, pois sempre falamos sobre o tema, oferecemos apoio e não deixamos faltar insumos ou equipamentos de proteção individual, minimizando risco de contaminação. Sempre priorizamos atender todos bem e com segurança.
Mesmo hoje, com a diminuição dos casos em todo o país, continuamos chamando atenção para nossos gestores observarem muito bem nossos profissionais e, ao menor “sinal de alerta”, buscar ajuda. O estigma e o tabu relacionados ao suicídio dificultam buscar ajuda. Assim, reiteramos a importância de enfrentar o problema, tratando corretamente os problemas de saúde mental. A prevenção do suicídio não se limita ao setor saúde, mas toda sociedade, adotando diversas medidas, que ajudarão para diminuir as taxas de suicídio no mundo.
Ocorrem mais de 13 mil suicídios por ano no Brasil e mais de um milhão no mundo. Trata-se de triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais (depressão, depois transtorno bipolar, abuso de drogas). Importante que falemos corretamente sobre o tema. Comportamento suicida envolve fatores psicológicos, biológicos, genéticos, culturais e socioambientais. Saúde é nosso bem maior, por isso busque ajuda sempre que necessário.

Falta pouco para a principal porta de entrada no Ensino Superior do Brasil: o Enem. O exame 2021 já conta com mais de 3 milhões de inscritos – e o Inep abriu novamente as inscrições para estudantes de baixa renda até o dia 26 de setembro. Seja em novembro ou apenas em janeiro, como aconteceu com a edição de 2020, posso afirmar, por experiência própria, que a redação é o momento mais tenso e que gera preocupação dos alunos. Como professor de redação e ex-corretor do Enem, tive a oportunidade de avaliar mais de 10 mil redações em 21 anos e posso dizer, para desmistificar esse assunto, que é perfeitamente possível escrever uma redação que mereça a nota máxima dos avaliadores.
Afinal, o que é uma boa redação? É um texto com uma letra bonita? É uma história criativa? Essa é uma dúvida muito comum. Na escola, o padrão é cada professor definir, a partir das próprias preferências pessoais, ou de seu sistema de ensino, o que é um bom texto. Alguns valorizam muito a apresentação da redação, enquanto outros consideram que a criatividade é o principal ponto. Outro critério muito usado é a utilização correta e bem explorada da gramática. O importante aqui é saber que, em provas e vestibulares sérios, há regras claras para definir o que são textos bons. Embora essas regras variem, elas tendem a seguir um padrão: um bom texto é aquele que consegue cumprir as regras do tema e do tipo de texto (ou gênero) pedidos. No caso do Enem, é exigido exclusivamente o tipo de texto dissertativo-argumentativo.
Para quem ainda tem dúvida, a dissertação argumentativa é um tipo de texto em que o autor deve buscar defender uma tese (uma opinião sobre determinado tema) por meio de argumentos para um leitor universal. O autor deve ser impessoal, ou seja, não deve usar a primeira pessoa do singular e não deve fazer referências a si mesmo.
Ao contrário do que muitos imaginam, a dissertação argumentativa pode e deve conter a opinião do autor. No entanto, essa opinião não deve ser exposta como uma ideia pessoal (“eu acredito que a educação é importante”) e sim como uma verdade absoluta (“a educação é importante”). E, diferente do que muitos afirmam, não é necessário ter uma opinião igual à do corretor para garantir uma nota alta na redação. O que torna um texto dissertativo-argumentativo bom é a qualidade dos argumentos, não a opinião escolhida. Isso porque os examinadores do Enem não esperam ser emocionados ou surpreendidos com as redações: eles procuram elementos técnicos, especialmente a adequação à proposta e o atendimento a algumas características da prova.
A prova do Enem costuma tratar de assuntos da atualidade, quase sempre enfatizando a realidade brasileira. Sempre apresenta uma coletânea de textos motivadores, que trazem informações sobre o tema e podem ser aproveitados na redação (eles costumam conter dados numéricos e estatísticos, que podem ser aproveitados na argumentação). Outra característica importante: todo tema de redação do Enem pede ao candidato que elabore uma proposta de intervenção para o problema abordado, demonstrando respeito aos direitos humanos. Isso significa que o autor sempre precisará fazer uma sugestão de uma ação a ser tomada que seja capaz de diminuir o problema discutido.
Cada corretor dará ao texto uma pontuação de 0 a 200 pontos em cinco critérios diferentes, chamados pelo Inep de “Competências”. Portanto, a pontuação final varia entre 0 e 1000. As competências do Enem são: demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Outra curiosidade é que cada redação é avaliada por dois examinadores, que não conhecem a pontuação dada pelo colega. Isso é feito para diminuir o risco de haver subjetividade na correção: se um dos profissionais der uma nota muito diferente do outro, isso é chamado de “discrepância”. No caso do Enem, é aceitável uma diferença de até 100 pontos na pontuação da redação, ou até 80 pontos em cada um dos critérios. Se a diferença for maior que essa, a redação será avaliada por um terceiro examinador, mais experiente. Se ainda assim a discrepância permanecer, o texto será avaliado por uma comissão formada por três profissionais, que decidirão a pontuação final.
Outras dúvida comum: é possível tirar nota zero na redação? Sim, é possível. Mas é fácil tomar providências para que isso não aconteça: não fuja do tema, não escreva textos muito curtos (7 linhas ou menos), não xingue ou faça desenhos, não brinque incluindo uma receita de miojo ou o hino do seu time de futebol. Estude atualidades, pois os temas, na grande maioria das vezes, exploram acontecimentos recentes como gancho. Pratique todos esses pontos, planeje bem o seu texto e boa prova.
Por: Cícero Gomes, consultor de Cultura e Inovação da Evolucional e ex-corretor do Enem

*Por: Fernando Valente Pimentel
Neste 7 de Setembro, o transcurso dos 199 anos da Independência remeteu-me à reflexão sobre o crescimento de 35%, entre 2010 e 2020, do número de brasileiros morando no Exterior, conforme demonstra o mais recente levantamento do Itamaraty. Agora, são 4,2 milhões os que buscam melhor sorte em outras nações. Perdemos valores e talentos formados aqui e que, no meio de sua jornada, descrentes das perspectivas e oportunidades em nossa terra, tentam uma nova vida em outro lugar.
Obviamente, é legítimo o livre-arbítrio de cada cidadão sobre o seu destino. Porém, cabe procurar entender os motivos que os encorajam a ir embora, para que não continuemos a estimular o êxodo, e ponderar a respeito do que cada um de nós pode fazer pelo Brasil, contribuindo para buscar a solução dos seus problemas e transformá-lo num país melhor. Temos imenso potencial não explorado, na área da bioeconomia, por exemplo, que pode ser convertido em fomento econômico e desenvolvimento. Por outro lado, não crescemos de modo sustentável nos últimos 40 anos, dos quais perdemos 20, com medíocres índices de expansão do PIB.
Cabe um alerta aos políticos, autoridades dos três poderes e à sociedade, no sentido de que é necessário construir uma visão de futuro, por meio de uma agenda eficaz, focando corações e mentes, por meio de uma trajetória melhor do que tivemos até agora. Ocorreram avanços importantes nas últimas quatro décadas, que não podem ser ignorados, como mais inclusão social, vagas para todos nas escolas, a despeito da persistente baixa qualidade do ensino, a criação do SUS, que demonstra sua importância na pandemia, ampliação da infraestrutura e a própria Constituição de 88, que, embora anacrônica em alguns princípios atrelados à normalização da economia, é um marco institucional relevante.
Cada brasileiro pode e deve atuar na sua esfera, visando edificar uma nação mais ética e solidária e capaz de exercer todo o seu potencial de crescimento, para nos levar a um melhor patamar educacional, cultural, econômico e social. Trabalhar dentro do Brasil para torná-lo melhor é uma decisão plausível, numa realidade que já conhecemos e na qual temos plena consciência sobre os desafios a serem enfrentados. Também seria interessante termos capacidade de atrair de volta os que emigraram, bem como talentos de todas as nacionalidades e etnias, para ajudarem a construir um país com melhores perspectivas de progresso e inovação, com educação avançada e protagonista no novo contexto do desenvolvimento sustentado e responsabilidade socioambiental.
Cedo ou tarde, os que partem acabam descobrindo que também há problemas em todas as nações, inclusive no mundo desenvolvido. Por isso, é importante refletir sobre a pertinência de enfrentarmos os nossos próprios obstáculos, como os tributários, a insegurança jurídica e física, a burocracia exagerada, o peso insustentável do Estado pouco eficiente, a ausência de um eficaz projeto de fomento industrial e a dispersão de políticas públicas.
Quase dois séculos após a Independência e 33 anos depois da promulgação da Constituição de 1988, temos de evoluir, criando consensos de modo equilibrado e um projeto viável de país. Tal atitude é decisiva para estimular as pessoas a ficarem aqui, a despeito de um mundo mais nômade, no qual a tecnologia permite que se trabalhe em qualquer lugar da Terra. Sem dúvida, porém, o principal fator de estímulo à permanência dos brasileiros é lhes oferecer concreta perspectiva de esperança e uma nova visão de futuro, com uma consistente agenda que contemple as atuais e as próximas gerações.
*Fernando Valente Pimentel é o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

*Por Caio Moretti
Os impactos da crise no país, causada pela pandemia de covid-19, estão nítidos depois de mais de um ano e, por motivos óbvios, as pastas de Saúde e Economia estiveram nos holofotes desde o seu início. De um lado, a crise sanitária causada pelo enfrentamento de uma doença ainda desconhecida e altamente contagiosa e, de outro, a reação da economia, com a implementação de restrições de circulação, que limitam o acesso a bens de consumo, além da administração de uma taxa de desemprego histórica.
A educação, que não teve tanto foco como as outras pastas, também foi diretamente impactada por essa crise. De acordo com estudo da Unicef (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas pela Infância), divulgado no último mês de janeiro, 1,38 milhões de alunos brasileiros entre 6 e 17 anos abandonaram suas instituições de ensino no decorrer da pandemia.
O ensino a distância, o qual já crescia em diversos setores, se tornou uma alternativa para não prejudicar o calendário escolar e, ao mesmo tempo, garantir a segurança dos alunos, professores e profissionais da educação em geral. No entanto, apesar de ter sido uma medida evidentemente necessária, é imprescindível discutir o impacto do ensino remoto.
O aumento do acesso à internet dos estudantes brasileiros – de 86,6% em 2018 para 88,1% em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) – não é suficiente para afirmar que a educação está mais acessível. Democratizar o ensino a distância é prover, digitalmente, uma variedade de experiências e soluções que vão muito além da disponibilização do conteúdo digital.
A saúde mental dos estudantes é um tema, por exemplo, que não pode ser desconsiderado. Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) analisou autorrelatos de estudantes entre 13 e 20 anos, do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de 21 escolas públicas das periferias de São Paulo e Guarulhos. O estudo, que pode ser considerado um indicativo importante para avaliar a educação pública remota no Brasil, revelou que 10,5% dos alunos apresentaram sintomas depressivos graves e 47,5% com sintomas ansiosos graves. A pesquisa evidenciou também que as prevalências dos sintomas aumentaram significativamente durante a pandemia.
Com tantas variáveis a serem consideradas e resolvidas para que haja um ensino de qualidade a distância, a solução para a democratização do acesso a um ensino de qualidade, digital e acessível é usar tecnologia de forma inteligente. Ambiente de estudo inadequado, barulho, interrupções e internet de baixa qualidade são as maiores reclamações de quem precisa atravessar o ano letivo e, de olho nessas oportunidades de problema para resolver, as edtechs – empresas de educação com base tecnológica – estão surgindo para acompanhar as mudanças da sociedade.
De acordo com o mapeamento da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) de 2020, o número de edtechs cresceu 26,1% em apenas um ano. Algumas oferecem soluções auxiliando alunos com dificuldades, outras disponibilizam ferramentas com inteligência artificial para tornar os estudos mais assertivos, oferecem conteúdos de fácil assimilação para complementar o ensino regular e até ajudam alunos que sonham ingressar em uma universidade.
Mesmo com tantas opções presentes no ecossistema das edtechs, o ensino a distância é desafiador e há muito caminho a percorrer. A educação infantil, por exemplo, necessita muito mais do que absorção de conteúdo – é preciso interação, contato, afeto e empatia para a formação intelectual do indivíduo. No entanto, é equivocado pensar que, quando pudermos voltar a circular por aí normalmente, as empresas inovadoras que estão lutando para revolucionar o setor educacional serão descartadas. Não há mais a possibilidade do divórcio no casamento entre educação e tecnologia.
*Caio Moretti é administrador, empreendedor e CEO do Qconcursos, maior edtech do Brasil, com mais de 18 milhões de estudantes cadastrados.

Por: Dr. Cleio Diniz Filho / Advogado
No período pós segunda guerra, pairava o conceito de ligação entre poder e força bélica, ocasião em que se promoveu o golpe de Estado com a implantação do regime militar, (1964-1985) posteriormente classificado como ditadura militar. Neste período, as leis impediam manifestações contra o sistema de governo, seus governantes e as instituições de Estado, com punições pesadas, porém tudo em conforme com as leis da época. Censura, limitações ao direito de expressão, a imprensa, à manifestações, com perseguições e prisões, todavia tudo respaldado na lei contemporânea.
35 anos depois, com as mudanças dos princípios e pensamentos, a nova concepção de alternância de poder, não mais passa pela ponta do fuzil, mas agora sim pela ponta da caneta.
Aterrorizantemente vemos, também com interpretações da nova legislação e em nome da defesa do Estado Democrático, ou seja, instituições de Estado, o recomeço de prisões e caçadas, investigações, cerceamento da liberdade de expressão e ao ato de se manifestar.
Muda-se a forma, mas o resultado pretendido continua o mesmo, e como diz o ditado “errar é humano, mas persistir no erro …..”