Um homem de 51 anos foi preso na manhã da última terça-feira (18), suspeito de estuprar a própria filha de 13 anos, em uma fazenda no município de Brejões, na Bahia. Segundo a Polícia Civil, a adolescente é abusada desde os quatro anos de idade. Os crimes aconteceram em Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador, onde a vítima e o pai vivem.
Além da filha, o homem também é investigado por suspeita de ter abusado uma outra garota de oito anos que é vizinha dele. De acordo com informações da 36ª Delegacia Territorial, a filha era ameaçada pelo pai e por isso nunca havia falado sobre o abuso.
Durante o mês de setembro, após cerca de nove anos de estupro, a menina teve uma forte crise emocional e revelou o caso que estava em sigilo. Após a denúncia da adolescente, a Polícia Civil iniciou as investigações. Quando soube que estava sendo procurado, o suspeito fugiu para a cidade de Brejões. A polícia não informou quanto tempo o estuprador ficou foragido. Ele teve o mandado de prisão cumprido por policiais de Mata de São João e Brejões, e responderá por estupro de vulnerável.

Markson Monteiro de Oliveira, filho do ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, foi preso acusado de torturar e matar um vaqueiro em 2006, no município de Floresta Azul, no sul da Bahia. A prisão de Monteiro foi efetuada na última terça-feira (18), durante uma operação conjunta da Polícia Federal e Militar.
Além de Markson, também foi preso Ilmar Barbosa Marinho, por suspeita de envolvimento no crime. Markson e Ilmar foram indiciados pelos crimes de tortura, cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Segundo informações da Polícia Federal, ambas prisões foram realizadas simultaneamente. Enquanto Ilmar foi preso em Ilhéus, Markson foi preso em um condomínio na cidade de Aracaju, onde residia há cerca de dois meses. Ambos devem ser transferidos para presídios da capital baiana.
Markson já havia sido preso em outubro de 2020, mas acabou sendo liberado pela Justiça. Na época, o pai dele ainda era prefeito de Itabuna. Ele e o comparsa Ilmar são apontados como autores do crime contra o vaqueiro Alexandro Honorato.

Um homem identificado como Matheus dos Santos Gonçalves, de 34 anos, suspeito de estuprar uma menina a enteada de 12 anos, foi encontrado morto na última quarta-feira (19), em Vitória da Conquista. O corpo de Gonçalves foi encontrado por populares em um matagal, próximo a um hospital da cidade e não apresentava sinais de violência.
Ele foi preso em abril de 2018, suspeito de estuprar a enteada. Não há informações se o suspeito foi liberado pela Justiça ou estava respondendo em liberdade, ou se o mesmo havia fugido da cadeia.
A Polícia Militar foi acionada para registrar a ocorrência e posteriormente comunicou ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) sobre o ocorrido. A equipe de peritos realizou o levantamento cadavérico e encaminhou o corpo do homem para o Instituto Médico Legal (IML). Ainda segundo informações obtidas pelo Livramento Manchete, a Polícia Civil da região comunicou que estava com um mandado de prisão em aberto contra Matheus, por ele ter praticado o crime de estupro de vulnerável, mas não foi detalhado se era outro caso ou o mesmo que aconteceu em 2018.

Marido e esposa, ambos do município de Itaberaba, proprietários de uma pousada da cidade, morreram em um grave acidente de trânsito ocorrido no final da manhã do último sábado (15), na rodovia BR-424, trecho entre Itaberaba e Seabra, na Chapada Diamantina.

Conforme informações obtidas pelo Livramento Manchete, as vítimas foram identificadas como Rodrigo Matta Pires e Leia Neves. A Polícia Rodoviária Federal – PRF foi acionada para registrar a ocorrência e controlar o trânsito, a via ficou completamente interditada nos dois sentidos e foi liberada durante a noite. Pelo menos seis veículos tiveram envolvimento no grave acidente. Os corpos foram encaminhados ao IML. Não há informações se houve outras pessoas com ferimentos. As causas da tragédia também não foram divulgadas.

A prefeitura de Itaberaba divulgou uma nota de pesar aos familiares das vítimas

“A Prefeitura de Itaberaba lamenta profundamente o falecimento de Rodrigo Matta Pires e Leia Neves, ocorrido de forma trágica nesse sábado (15), na BR-424. Itaberaba perde dois itaberabenses, empresários na cidade, um casal muito querido por todos. Rodrigo e Leia deixam duas filhas.

Levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (13) pela Record TV Itapoan

Pesquisa realizada pelo instituto Real Time Big Data, a primeira do segundo turno na Bahia, aponta que o candidato a governador ACM Neto (União Brasil) cresceu dez pontos percentuais e empatou com o adversário Jerônimo Rodrigues (PT).

De acordo com o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Record TV Itapoan, os dois oponentes estão empatados com 50% dos votos válidos. No cenário estimulado, ACM Neto e Jerônimo empatam em 47%, com 3% de brancos e nulos e outros 3% daqueles que não souberam ou não quiseram responder.

No primeiro turno, ACM Neto terminou com mais de 40% dos votos válidos, o que levou a eleição na Bahia para o segundo turno, fato que não acontecia no estado desde 1994. A pesquisa ouviu 1.200 eleitores entre os dias 10 e 11 de outubro e tem margem de erro de 3 pontos percentuais. A consulta foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número 00021/2022.

A polícia baiana só conseguiu resolver um quarto dos crimes violentos letais intencionais (CVLI) que ocorreram na Bahia no ano passado. Isso significa que em 74,5% das situações, os agentes de segurança pública não foram capazes de apontar um provável autor. Ao todo, 1.137 inquéritos decifrados foram encaminhados para o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), a maior parte relativa a homicídios. Enquanto isso, 4.548 crimes violentos ficaram sem a indicação de suspeitos. Ao longo de 2021, a Polícia Civil diz ter encaminhado 993 inquéritos de homicídios resolvidos. Esse número representa uma taxa de 23,5% de elucidação. Além desses, foram enviados para o MP outros 25 crimes de lesões corporais seguidas de morte e 45 de latrocínios elucidados. No caso desses dois tipos de crime, a polícia foi capaz de apontar possíveis culpados para metade dos casos. A Polícia Civil afirma que a maior parte dos homicídios ocorridos no estado se deve ao envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas. A ‘justificativa’ que liga as vítimas a outros crimes colabora para que homicídios não sejam solucionados, segundo aponta Luiz Cláudio Lourenço, do Laboratório de Estudos sobre Crime e Sociedade, da Universidade Federal da Bahia (Lassos/Ufba).

A 1.500 metros de altitude, na região sudoeste da Chapada Diamantina, o dito popular de que “cunhado nem parente é” se desmancha no ar. Quase todos os 1,2 mil habitantes da comunidade portuguesa de Mato Grosso, em Rio de Contas, se ramificam da mesma árvore genealógica. Há um costume, tão antigo quanto o próprio povoado, de primos se casarem entre si, perpetuando os laços de sangue. “Não se sabe dizer exatamente quando essa tradição começou. Atualmente, muitos casamentos já se estabelecem entre pessoas de outros locais, mas ainda há os que mantiveram o modelo familiar”, explica Ana Angélica Mafra, de 44 anos. Ela mesma se casou com seu primo de primeiro grau, Valdeck Mafra, de 59. Juntos têm uma filha, de 23.

A família Mafra é, justamente, o máximo divisor comum entre todos os descendentes lusos de Mato Grosso. Quando os recenseadores do IBGE percorrerem as ruas de pedra para aplicar questionários do Censo 2022, boa parte dos moradores indicará o sobrenome nos fichamentos — outros, também comuns, convergem à mesma origem, como “Freire”, “Oliveira” e “Silva”.

“A família Mafra é dominante. São portugueses que vieram no período do ciclo do ouro em Rio de Contas, ainda no século XVIII. Muitos já estavam no Brasil, nos garimpos de Minas Gerais, e migraram quando souberam da descoberta do metal nesta região”, conta Shirlene Mafra, doutora em Memória e Linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A descoberta do ouro aconteceu em 1710, durante uma expedição encampada pelo bandeirante Sebastião Raposo no leito do Rio Brumado. Antes, na área onde hoje é a cidade de Rio de Contas, havia um povoado de negros alforriados e fugidos chamado Pouso dos Criolos. A cobiça pela riqueza trouxe rápido desenvolvimento à região, na qual, por ser um quilombo, vivia propositadamente isolada de outras freguesias. Em 1718, no ponto mais alto da Serra do Barbalho, foi erguida a comunidade portuguesa, inicialmente com o nome jesuíta de Santo Antônio de Mato Grosso.

Foto: Acervo da Família

Uma das hipóteses que explicaria o início da tradição para os casamentos consanguíneos seria um senso eugênico de preservação do sangue europeu para não misturar com o dos negros escravizados, trazidos para trabalhar no garimpo. Hoje, em Rio de Contas, existem também duas áreas quilombolas preservadas: Barra e Bananal — nenhuma delas mantém casamentos entre familiares.

Embora a tese do isolamento tenha força como suposição, não há comprovação histórica que a sustente à luz da ciência. “Estas comunidades se relacionam de forma intensa há muito tempo, inclusive com ajuda mútua. Não há um sentimento de segregação, embora a gente entenda que, lá atrás, a escravidão era um ponto de separação. Hoje existe uma ressignificação muito forte e um sentimento de união e pertencimento de quilombolas e portugueses”, pontua Shirlene.

“Algumas das minhas melhores memórias são as grandes festas que aconteciam no povoado. E era sempre comum ver pessoas dos quilombos ali entre a gente, interagindo e participando das relações sociais”, completa o engenheiro elétrico José Roberto Mafra, 48 anos, hoje morando em São Bernardo do Campo (SP).

Seguindo o abecedário matrimonial, ele também se casou com uma parente, embora já tenha se divorciado. Saudosista do seu “lugar no mundo” mantém uma página no Facebook sobre Mato Grosso. “A energia elétrica só chegou lá em 1987. Desde então, muita coisa mudou com a chegada das influências externas. Algumas tradições portuguesas foram se perdendo e, hoje, por exemplo, enfrentamos problemas sérios de som alto que tiram a costumeira tranquilidade do lugar”, cita.

Tradição galega
A pesquisadora Nereida — também uma Mafra — tentou rastrear a origem do sobrenome em Portugal, durante a pesquisa para o doutorado. “Achei que encontraria muitas referências à nossa família por lá, mas foi uma decepção. Não existem famílias Mafras na cidade de Mafra. Não localizei também relações entre os habitantes com a migração para Rio de Contas”, pontua.

Em sua pesquisa, no entanto, Nereida encontrou fortes indícios de que os migrantes da Chapada podem ter vindo da Galícia — entre o norte de Portugal e o noroeste da Espanha, país do qual a região pertence. “O fenótipo das mulheres de Mato Grosso é muito parecido com as galegas. Estatura mediana, pele branca, cabelo e olhos claros”, relaciona.

A comparação se estende a outras áreas, como a Arquitetura e a Linguística. “Existe um tipo de cerca de pedra que se encontra em nossa comunidade, que é muito semelhante ao confeccionado na Galícia. E é um formato muito próprio. Outro ponto é o tipo de português falado em Mato Grosso. A palavra ‘varrer’, por exemplo, é falada ‘barrer’. É uma forma do galego, em substituir o v pelo b”, diz. Nereida também pontua a cultura do quintal. “Os galegos costumam plantar hortaliças em seus terrenos e, ainda hoje, é esse tipo de atividade desenvolvida em Mato Grosso”.

Parte do clã Mafra reunido (Foto: Acervo da família)

A comunidade portuguesa, essencialmente agrária, abastece tanto Rio de Contas quanto Livramento de Nossa Senhora com produção de tangerina (chamada por lá de laranja poncã), café e flores — os dois últimos, se intensificam no inverno. Virou também ponto turístico pela preservação da arquitetura, do chão de pedra e, literalmente, pela hospitalidade familiar que oferece ao visitante.

Povoado tem incidência de doenças congênitas
Os laços consanguíneos misturados por três séculos trouxeram uma frequência de doenças autossômicas recessivas para a comunidade. Essas más formações acontecem quando há uma forte combinação de genes não dominantes de pais e mães, próprio em reprodução entre familiares.

“Os relacionamentos consanguíneos aumentam a chance de um casal ter filhos com condições genéticas recessivas. E, quanto maior o número de casamentos consanguíneos entre os ancestrais do mesmo lado da família em comum do casal, maior a chance. Quanto mais próximo for o grau de parentesco, maior a chance de filhos com condições genéticas recessivas. Por exemplo, no caso de primos de primeiro grau, o risco é maior do que para casal de primos de segundo grau”, explica Larissa Souza Mario Bueno, médica geneticista.

Entre os casos mais conhecidos destas doenças estão a fibrose cística, a anemia falciforme e a fenilcetonúria (quando o fígado não consegue processar tipos específicos de aminoácidos). No teste do pezinho é possível avaliar essas enfermidades. “Eu e meu esposo só tivemos uma filha, que nasceu saudável, e tive medo de ter outros. A gente vê muitos casos de crianças com deficiências em Mato Grosso (comunidade de Rio de Contas). Nunca houve um estudo detalhado, mas muito se fala dessa relação”, conta Ana Mafra.

“Quando sabemos que os pais são portadores para uma única condição genética recessiva, o risco para filhos afetados por esta condição é de 25% a cada gestação. Hoje dispomos de testes genéticos para identificar variantes causadoras de condições recessivas, o que é especialmente útil para aconselhamento reprodutivo dos casais consanguíneos, permitindo o diagnóstico da condição de portadores mesmo antes de terem um filho afetado”, explica a doutora Larissa Bueno.

Do Correio 24h para a Rede Nordeste.

Por: Ministério Publico – BA

Sete pessoas envolvidas em esquema de subtração e transferências de veículos mediante fraudes documentais perpetradas no Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran) foram denunciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público estadual (Gaeco) à Justiça hoje, dia 27. Segundo as investigações, eles teriam participado de esquema criminoso que causou um prejuízo de quase 1,5 milhão. Esta é a terceira denúncia apresentada pelo MP como desdobramento da “Operação Fake Rent”, que estima um prejuízo superior a R$ 9,5 milhões com esse tipo de crime na Bahia.

O Gaeco aponta que o esquema seria articulado por Valdinei dos Santos Luz, que seria o principal articulador e recrutador de pessoas para integrarem a organização criminosa. Ele se encontra preso por participação em outras ações do mesmo tipo. Além dele, foram denunciados o despachante Eduardo Rebouças da Silva, os servidores do Detran Fábio Santana de Matos, Lucas de Santana Santos e Luana Santos da Silva e os vistoriadores José Carlos Oliveira dos Santos e Nivaldo Silva Vieira Neto, que seriam responsáveis pela inserção de dados falsos nos sistemas informáticos. A denúncia registra ainda que os crimes ocorriam logo após a locação de veículos, quando a organização criminosa utilizava documentos falsos, corrompia agentes públicos e inseria dados falsos no sistema informático do Detran, transferindo a propriedade de automóveis alugados para um dos integrantes do esquema.

Foto: Ailton Oliveira | Livramento Manchete

A coligação “Pra Mudar a Bahia”, liderada pelo candidato ao governo ACM Neto (União), conseguiu a suspensão de uma propaganda inserida na rede de televisão, onde é acusado de obter verbas por “cotas raciais”. A decisão liminar foi concedida na última terça-feira (27), pela desembargadora Carina Cristiane Canguçu.

Segundo o pedido obtido pelo Bahia Notícias, feito ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), a ação teve como alvo a coligação “Pela Bahia, Pelo Brasil”, que disputa o governo da Bahia com Jerônimo Rodrigues (PT). A inserção indica que Neto estaria “garantindo acesso ao dinheiro, exclusivo, para cotas raciais” e que ele “se diz negro”.

A desembargadora deu 24 horas para a retirada do material, a contar da ciência da decisão, suspendendo a exibição da referida mídia, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil, por cada propaganda irregular veiculada. Além disso, determinar a perda do tempo equivalente no horário destinado à propaganda do pleito majoritário, a fim de evitar o perecimento do direito, totalizando 54 inserções de 30 segundos.

 

O prefeito de Água Fria, na Bahia, protagonizou uma discussão com policiais militares em um bar da cidade. Renan Araújo Barros (PL) supostamente agride e tenta impedir o trabalho dos agentes de segurança. Imagens do episódio tomaram as redes sociais na última terça-feira (20).
O desentendimento teria ocorrido após a apreensão de um aparelho de som, que estava em alto volume. A conduta dos PMs irritou o político. “Quem manda nessa p**** sou eu”, gritou.
No vídeo que viralizou na web, Renan acusa os policiais de não atuarem no combate ao comércio de drogas. “Vocês não enfrentam o tráfico, vocês têm medo, aí ficam aqui”.
O gestor segue reclamando da apreensão do som, afirmando que havia conseguido o “alvará”. Ele também alegou ter sido desrespeitado pelo PM. “Eu mando aqui na cidade. Você pode ser a polícia no inferno, eu mando aqui”.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que o Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), responsável pelo efetivo lotado na 97ª CIPM, “já adotou as providências legais junto ao Ministério Público e à União dos Municípios da Bahia (UPB)”.