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O Tribunal do Júri realizado na última terça-feira (13), no Município de Valença, condenou uma mulher a 26 anos de reclusão pelo homicídio qualificado de seu marido por motivo torpe, cruel e dissimulação, além de ocultação de cadáver, em setembro de 2019. Ela também foi condenada a seis meses de detenção pelo crime de fraude processual por dificultar a investigação da polícia, além de 20 dias multa. No mesmo dia também foi julgado o executor do crime Constantino Pereira Filho, que foi condenado a 35 anos e cinco meses de prisão pelo homicídio qualificado, com os agravantes de promessa de recompensa, meio cruel, emboscada e ocultação de cadáver.
A acusação foi sustentada no Júri pela promotora de Justiça Rita de Cássia Pires Bezerra Cavalcanti. Conforme a denúncia, no dia 9 de setembro de 2019, Constantino Pereira Filho, junto com outras duas pessoas ainda não identificadas, desferiram diversos golpes de facão na vítima Liel de Jesus dos Santos, causando-lhes lesões que provocaram sua morte. O crime foi executado a pedido da esposa da vítima Mariele de Jesus Santos, mediante o pagamento de R$ 22 mil.
Segundo a denúncia, Mariele teria um relacionamento extraconjugal, que já durava cerca de três anos. Insatisfeita com a relação com seu marido e com o propósito de ficar com todos os bens da vítima, ela combinou com seu primo Constantino o pagamento de R$ 22 mil para a execução de seu marido. Para viabilizar a captura da vítima, Mariele teria simulado um problema de saúde e pedido que a vítima fosse até o quintal da casa arrancar algumas folhas para preparar um chá, tendo sido surpreendido por Constantino e outros dois comparsas que o obrigaram a entrar no carro para o local combinado para a execução.