Tribunal do Júri de Vitória da Conquista condenou Uashington Silva Brito a 14 anos de reclusão pela morte do próprio irmão, Idione Silva Brito, em 10 de maio de 2017, no distrito de Caiçara, em Vitória da Conquista. Uashington responderá pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver. Conforme a denúncia do Ministério Público, o réu confessou ter assassinado o irmão porque “sentia ciúmes da suposta atenção que a mãe dava à vítima”. Segundo o promotor de Justiça José Junseira Almeida de Oliveira, autor da denúncia, no dia do crime, o réu, sob o pretexto de precisar de uma carona para o distrito de Pedra Branca, atraiu o irmão para um local ermo e efetuou os disparos que o vitimaram. Uashington, então, ocultou o cadáver em área deserta cercada por mata, onde o corpo só foi encontrado 7 dias depois. O juiz Rodrigo Souza Brito também condenou o réu a pagar 10 dias-multa, com valor fixado em um trigésimo do salário mínimo vigente à época do crime.

Policiais do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) alcançaram, na noite de segunda-feira (24), o ex-policial militar J. O. G. J., investigado por envolvimento em diversos crimes. O investigado, de 47 anos, foi localizado durante diligências de equipes do Departamento, em Lauro de Freitas. Ele estava em um veículo Hyundai Ix 35 e atirou contra os policiais, que revidaram. Ele chegou a ser socorrido para uma unidade hospitalar, mas não resistiu. Na ação foram apreendidos um revólver calibre 38, três celulares, sacos com maconha e cocaína, uma balança e três casacos. Todo material passará por perícia, no Departamento de Polícia Técnica (DPT). O diretor do Draco, delegado José Alves Bezerra, destacou a relevância da ação. ” Nosso trabalho investigativo resultou na neutralização desse autor de extorsões, sequestros e diversos homicídios. Além de envolvimento com grupos criminosos. Foi uma ação muito importante para desarticular a atuação do crime organizado”, pontuou o delegado. Fonte: Ascom/PC.

Documentos, armas, munições e drogas foram apreendidos em imóveis de um policial militar e do seu sobrinho, nesta terça-feira (25), durante a ‘Operação Salitre’, deflagrada pela Força Correcional Especial Integrada de Combate a Grupos de Extermínio da Corregedoria Geral (Coger) da SSP.
A operação investiga a morte do ruralista Manoel Pereira Carvalho, no dia 5 de janeiro de 2017, no município de Juazeiro.
Com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco/Norte) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Juazeiro foram cumpridos nas residências dos suspeitos.
Uma pistola calibre 40 sem documentação, com 25 munições, três carregadores, celulares, documentos e pendrives foram localizados nas residências dos suspeitos.
Um terceiro homem, indicado como irmão de um dos envolvidos com o homicídio, foi encontrado com uma quantidade de maconha. Ele foi conduzido à sede da 17ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Juazeiro e assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Os materiais apreendidos passarão por perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT), com o intuito de ajudar nas investigações.
Ainda conforme o levantamento da Coger, a vítima era ligada ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro e trabalhava para regularizar, junto a outros órgãos, as terras pertencentes aos seus possuidores, localizadas na região do Salitre, situada no município do Norte baiano.
Participaram da ação, além dos integrantes do Gaeco, 10 policiais civis e militares e um promotor de Justiça.

A Justiça baiana condenou os policiais militares, Ricardo Soares de Oliveira Schaun e Raphael Santos de Oliveira, acusados de matar Epaminondas Batista Mota, de 52 anos, dentro da delegacia na cidade de Itapebi, no sul da Bahia, em janeiro de 2022.
O Juízo da Vara de Auditoria Militar condenou os PMs à pena de dez anos, seis meses e 24 dias de prisão em razão do crime de tortura seguido de morte. O resultado saiu no dia 14 de janeiro, porém, a informação só foi divulgada na última terça-feira (28) pelo Ministério Público da Bahia.
Ainda conforme o MP, os policiais vão cumprir a pena em regime inicialmente fechado. Na decisão, o juiz Paulo Roberto Santos de Oliveira determinou a manutenção da prisão preventiva dos réus.
Conforme a denúncia, no dia 16 de janeiro de 2022, por volta das 17h, no Município de Itapebi, os PMs teriam provocado “intenso sofrimento físico e mental” em Epaminondas Batista Mota, com o objetivo de obter a confissão sobre o furto de um aparelho celular.
A denúncia destaca que “os atos de tortura praticados pelos dois policiais causaram a morte da vítima”. Durante a instrução criminal, o MP atuou por meio dos promotores de Justiça da Vara de Auditoria Militar e do Geosp.

Cinco pessoas investigadas pela ‘Operação Cold’, custodiadas desde outubro, tiveram as prisões temporárias convertidas para preventivas, na última quinta-feira (22). A ação foi desenvolvida por equipes da Força-Tarefa de Combate a Grupos de Extermínio e Extorsão Mediante Sequestro da Secretaria da Segurança Pública (SSP), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp), ambos do Ministério Público (MP).
Três policiais militares estão entre os acusados, apontados como executores de dois homicídios, na cidade de Piatã, na Chapada Diamantina. De acordo com as investigações, as vítimas teriam sido mortas por desentendimento por conta de terras e gado na região. Um dos mandantes está preso, enquanto o outro segue foragido. Os mandados de prisão preventiva foram decretados pela Vara Criminal da Comarca de Piatã.
Desdobramento
Durante o trabalho executado pela Força-Tarefa e MP foram cumpridos mandados de buscas e apreensão contra uma dupla de civis suspeita de integrar um grupo criminoso que atua no município e em cidades vizinhas. As investigações apontam que o bando cometia assaltos a comerciantes, forçando empresários a contratarem serviços de segurança particular. A apuração indica ainda que o trio de PMs atuava junto com a dupla.

A décima edição da Operação Luz na Infância foi deflagrada em 18 estados brasileiros e em cinco países. O trabalho cumpriu 125 mandados de busca e apreensão e prendeu em flagrante 48 pessoas suspeitas de praticar crimes de exploração sexual infantil na internet, seja por armazenamento, distribuição ou produção de conteúdo. Mais de 500 policiais civis foram mobilizados para cumprir 108 mandados de busca no Brasil. Agentes de aplicação da lei também cumpriram 17 mandados em outros quatro países: Argentina (12), Estados Unidos (2), Panamá (2) e Equador (1).

O funcionário público Juliano de Brito Oliveira, de 42 anos, foi encontrado morto com requintes de crueldade dentro de um prédio escolar que está em construção, no dia 4 de dezembro, na cidade de Caetité. O corpo de Brito foi encontrado com sinais de violência, a vítima teve a cabeça esmagada por golpes de tijolos. A morte do servidor causou grande comoção aos familiares e amigos que clamam por justiça.
Conforme informações obtidas pelo Livramento Manchete, a família relata que Juliano não possuía inimigos e afirma que o caeteense era um homem trabalhador, popular, honesto e de reputação ilibada. A irmã dele, Ana Karla Oliveira, disse “ele foi brutalmente assassinado por motivos que nós ainda não conhecemos e isso é o que mais comoveu a cidade inteira. Ele era uma pessoa muito querida e conhecida”, relatou.
Após uma semana sem pistas do crime, os familiares e amigos organizaram uma caminhada para exigir justiça pela morte do servidor público. A mobilização aconteceu no último sábado (10), depois da missa de sétimo de Juliano.
Ainda segundo informações ao LM, a líder da iniciativa do protesto foi a oficial de justiça e amiga Myna Silveira, que salientou a preocupação em não deixar que o homicídio fique impune. “Desde domingo, os amigos não tiveram notícias das autoridades, nem uma publicação a respeito de como andam as investigações. Nós não estamos entendendo o que está acontecendo. O inquérito policial só foi instaurado três dias depois e a autópsia do corpo só foi feita horas depois porque não tinha perito, então estamos muito preocupados de um crime brutal virar somente estatística”, afirmou. Além do ato nas ruas, os caetiteenses também estão se unindo nas redes sociais através da hashtag #JustiçaPorJuliano. A esperança é conseguir reunir o máximo de pessoas para obter respostas sobre o crime.

Para desembargadora do TJ/SP, a análise depende do Promotor de Justiça e das provas; para advogado criminalista, como médico sabia que o sedativo em excesso poderia, eventualmente, causar a morte.

Preso em flagrante, acusado de estuprar uma mãe, logo após o parto, ainda na sala de cirurgia, em 11 de julho deste ano, o anestesista Giovanni Quintella Bezerra teve o pedido de revogação da prisão preventiva negado pela Justiça. Acusado de estupro de vulnerável, a audiência de instrução do processo está marcada para o dia 12 dezembro.
Novas imagens mostram aplicação de sedativos em excesso e o disparo de alarme no momento da violência sexual, que durou cerca de 10 minutos. Segundo médicos, a vida da paciente esteve em risco, uma vez que o alarme mostrava baixa saturação da paciente devido ao excesso de sedação e por ela estar com as vias aéreas obstruídas.
A desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) e professora do Meu Curso Educacional, Ivana David, diz que as novas imagens, em tese, podem amparar acusação de homicídio, inclusive na modalidade de dolo eventual.

“Falando teoricamente, pois a análise depende sempre do Promotor de Justiça e das provas, o Ministério Público, titular da ação penal, teria que aditar a denúncia e mudaria o procedimento”, explica Ivana.

Para Leonardo Pantaleão, especialista em Direito e Processo Penal,”como médico e sabendo que o sedativo em excesso poderia, eventualmente, causar a morte, há a possibilidade da tentativa de homicídio com base no dolo eventual”, porém, ele lembra que “parte da doutrina e da jurisprudência entende que é possível a tentativa em dolo eventual e parte da doutrina entende o contrário, que dolo eventual não admite tentativa. É uma discussão jurídica que pode aflorar nesse caso concreto”, fala Pantaleão.

A defesa de Bezerra chegou a questionar legalidade da prova obtida e, portanto, de ausência de justa causa em razão da inexistência de indícios de materialidade e autoria. Para Ivana e Pantaleão, não há o que se questionar sobre ilicitude do vídeo.

“Segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ), por serem captadas por terceiros, as imagens não geram qualquer ilicitude. Teoricamente, além das imagens, temos as testemunhas. Ainda que não presenciais, elas podem narrar tudo que assistiram no vídeo. Vale destacar ainda que nos crimes sexuais é muito comum não existir testemunha presencial, comumente, são cometidos às escondidas”, disse Ivana.

“Quando a Justiça recebeu a denúncia, com base nas imagens captadas por aquele celular, colocado ali, com a finalidade de gravar tudo o que acontecia dentro da sala, entendo que a chance é mínima, quase nula, que tenhamos uma invalidação desse meio de prova”, pondera Pantaleão.

Alegando histórico familiar de transtorno psicológico e o uso de remédios que aumentam a libido, a defesa do anestesista pede que seja feito um teste de demência o que poderia torná-lo inimputável.
Ivana diz que é comum a tese de inimputabilidade do acusado nos processos e que na audiência de instrução as testemunhas também poderão ser perguntadas sobre qualquer sinal de insanidade do réu. Além disso, o juiz, analisando as provas, pode indeferir o pedido de plano ou determinar o exame pericial.

“Dependendo do resultado, se declarado inimputável a época do crime, o acusado recebe a absolvição impropria e deve ser internado para tratamento psiquiátrico”, fala a desembargadora.

Pantaleão explica que o exame terá que comprovar a incapacidade mental do acusado na época em que praticou o ato.

“Se isso não ficar claro, demonstrado tecnicamente, não se pode cogitar a inimputabilidade e ele responde criminalmente pelas consequências do ato desenvolvido”, disse o criminalista.

Wilson Rodrigues Vilarinho Neto e Lucas Nascimento Santos foram condenados a 13 e 12 anos de prisão, respectivamente, por homicídio qualificado. Wilson Rodrigues matou a tiros Edinaldo Silva de Araújo, na cidade de Macarani, em novembro de 2021. Já Lucas Nascimento Santos foi condenado pelo assassinato por disparos de arma de fogo de João Carlos Jesus Gomes, em outubro de 2020, em Maiquinique. Os dois foram condenados pelo Tribunal do Júri da Comarca de Macarani.
Conforme denúncia do MP, sustentada pelo promotor de Justiça José Junseira Almeida de Oliveira, o homicídio em Macarani aconteceu porque a vítima, Edinaldo Silva, teria avisado ao acusado, Wilson Rodrigues, para não traficar drogas no bar o qual era dono. Uma desavença também teria ocorrido entre os dois. WIlson Rodrigues foi condenado a 12 anos de reclusão pelo homicídio qualificado por motivo fútil e a 1 ano de detenção pela posse ilegal da arma de fogo utilizada no crime. O acusado já estava preso preventivamente e deverá iniciar a cumprir a pena de reclusão, e depois, de detenção.
Em Maiquinique, Lucas Nascimento confessou o homicídio de João Carlos Jesus, alegando que a vítima o teria ameaçado de morte. Na denúncia do MP, também sustentada no Tribunal do Júri pelo promotor de Justiça José Junseira, consta que a vítima foi atingida pelas costas, quando estava num bar da cidade. Mesmo com João Carlos já caído, o acusado continuou efetuando disparos. Lucas Nascimento foi condenado a 12 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado, pelo crime. Por: MP-BA.

Rômulo Fonseca Gonçalves foi condenado a 33 anos e sete meses de prisão, durante sessão do Tribunal do Júri da comarca de Barreiras, realizada na quinta-feira, dia 17. Segundo a acusação realizada pela promotora de Justiça Stella Atanázio, o crime ocorreu em fevereiro de 2015 por motivo fútil e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Gonçalves foi condenado por homicídio e roubo. A vítima foi identificada como Juliana Camila Lopes Moraes.
De acordo com a denúncia, as investigações constataram que na noite do crime, o autor iniciou uma conversa virtual com Juliana e lhe ofereceu dinheiro para que mantivessem relação sexual. O encontro foi concretizado e o pagamento efetivado. Depois, o réu conduziu a vítima até um local deserto, obrigou que lhe devolvesse o dinheiro pago e deflagrou tiros de arma de fogo contra a mulher, que morreu no local. A denúncia, apresentada pelo Ministério Público em 2015, registrou que Rômulo Gonçalves já respondia a outro processo de tentativa de homicídio com as mesmas características do crime apontado contra ele.